Saiba mais sobre o vírus HPV

Se você é uma mulher que cuida da sua saúde, precisa estar informada sobre o que é HPV. Só no Brasil são mais de 2 milhões de casos por ano e, infelizmente, não há cura para este vírus.

O HPV (também chamado de condiloma acuminado, verrugas anogenitais, Thymus, fícus, crista de galo, figueira) é o vírus mais comum transmitido por via sexual (vaginal, anal e oral), porém também é possível transmiti-lo de outras formas, como uma mãe com HPV quando dá a luz ou amamenta seu filho.

 

Existem mais de 200 tipos do vírus HPV. Mais ou menos 40 destes tipos têm preferência pela região anogenital. Os tipos mais frequentes de acordo com o risco oncogênico são:
Baixo risco oncogênico: HPV 6, 11, 42, 43, 44
Alto risco oncogênico: HPV 16, 18, 31, 39, 45, 56, 58, 59, 68.

 

Evolução do HPV

As infecções pelo HPV podem seguir 3 cursos

  1. Apresentar-se como infecções transitórias em cerca de 50% dos casos, com eliminação completa do vírus no período de até 2 anos.
  2. Determinar o aparecimeno de lesões que, por sua vez, podem regredir expontaneamente.
  3. Evolução para lesões que, mesmo tratadas, não levam a eliminação do vírus, estabelecendo infecções persistentes e consideradas de alto risco para desenvolvimento de lesões precurssoras do câncer do colo do útero ou mesmo ao câncer caso não haja um acompanhamento adequado.

As lesões provocadas pelo HPV podem ser: únicas ou múltiplas; podem ir desde verrugas pequenas até lesões grandes vegetantes; e podem se expressar de forma clínica ou subclínica (esta última só visualizada pela colposcopia). A evolução para lesão intraepiteleal – e depois câncer – depende da presença do vírus HPV, mas não única e exclusivamente dele. Sabe-se que outros fatores precisam estar presentes para que ocorra a evolução. Alguns já são conhecidos como tabagismo e associação com outras DSTs, mas ainda não está totalmente claro o que faz com que algumas pessoas desenvolvam as lesões precurssoras e o câncer e outras não.

 

O diagnóstico do HPV

  • Clínico como no caso das verrugas;
  • Citológico (preventivo, Papanicolau);
  • Histológico (biópsia é realizada guiada colposcópicamente e enviada ao médico Patologista para análise);
  • Através de Biologia Molecular (captura híbrida, PCR, genotipagem) – indicação em casos específicos;
  • Através de Biomarcadores que identificam as oncoproteínas virais E6 e E7 – ainda não tem uma aplicabilidade clínica definida no sentido de definir quem precisa ser tratado ou não nos casos de Lesão intraepitelial.

 

O tratamento pode ser feito com um método ou como uma associação de métodos

  • Agentes químicos (ATA);
  • Remoção cirúrgica;
  • Cauterização (eletrocoagulação);
  • Laser de CO2;
  • Imunomoduladores;
  • Pode haver necessidade de mais de uma sessão de tratamento (mais comum), pois podem parecer novas lesões com o passar do tempo.

 

Considerações
A medicina ainda não tem tratamento para o vírus, apenas para a lesão que o vírus causa.
A vacina é profilática, isto é, serve para prevenir não para tratar.
A maioria das pacientes que tem o vírus não terão câncer do colo do útero.
O exame ginecológico é fundamental para diagnosticar as lesões e assim prevenir o câncer do colo do útero.
A prevenção do câncer do colo do útero é realizada através do diagnóstico e tratamento das lesões precurssoras e através de Vacinas conta HPV.

 

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