
HPV. também conhecido como papilomavírus humano, é considerada, antes de mais nada uma doença sexualmente transmissível. Além disso, costuma acometer mulheres mais jovens.
É responsável na mulher pelas:
O HPV é considerado uma das DST mais prevalentes.
Antes de mais nada, o fato de estar com alguma lesão causada pelo HPV não quer dizer que a mulher vá desenvolver câncer. Este risco é muito pequeno, em torno de 0,5%. Constantemente, ocorre a regressão expontânea das lesões, ou seja, a maioria tem um curso autolimitado, desaparece dentro de 2 anos. A persistência do vírus HPV depende do estado imunológico da mulher e do tipo de vírus envolvido.
O risco de contrair HPV ao longo da vida é de 80% . Após 2 anos de vida sexual ativa, 50 % das mulheres apresentam infecçāo genital induzida pelo HPV, porém, apenas 10% terão algum tipo de doença visível.
Existem em torno de 200 tipos de HPV, destes, 40 tem preferência pela região genital ao passo que 20 tem potencial cancerígeno. O tipo 16 e 18 são responsáveis por 70% dos cânceres do colo do útero e os tipos 6 e 11 são responsäveis por 90% das verrugas genitais.
A progressão das lesões intraepiteliais para câncer é lenta, desse modo é importante manter calma ao diagnóstico e não negligenciar seus exames de rotina.
O diagnóstico das verrugas genitais é através do exame ginecológico e estas sāo visíveis a olho nu.
Ao passo que as lesões do colo e vagina são diagnosticadas em geral pelo exame preventivo (Papanicolau) alterado, depois a colposcopia. Esta última indica o local onde está a lesão e qual o melhor local de biópsia quando indicada bem como indica a gravidade da lesão.
Atualmente temos os testes específicos ( PCR e CH ) para diagnosticar o vírus. Porém, estão indicados em alguns casos específicos ( ASCUS E controle de casos que foram tratados por LESÃO DE ALTO GRAU , onde a eliminação completa do vírus melhora o prognóstico). E principalmente, em mulheres após os 30 anos. A princípio, mulheres abaixo desta idade tem positividade alta e o HPV vai ser eliminado sem nenhuma interferência médica. Afinal, positividade do mesmo não é indicativa de tratamento, apenas de seguimento mais assíduo.
O tratamento é focado nas lesões provocadas pelo HPV, não existe tratamento para o vírus, isto é, apenas para as lesões provocadas pelo vírus.
Desse modo, o tratamento pode ser desde apenas conduta expectante, destruição química, retirada, laser ou uso de medicamentos imunomoduladores.
Por fim, quem definirá qual o tratamento indicado para o seu caso é o seu ginecologista.